117 réveillons foram celebrados desde que os Lumière apresentaram ao mundo, como costumava dizer Benjamin, a arte que justificaria a modernidade. Temos no cinema, desde então, uma testemunha incondicional da realidade e da imaginação, um museu contemporâneo, companheiro leal e legítimo do homem: nas suas imagens estabelecem-se laços de memória e de narração, de documentação, reflexão e ilusão, como numa extensão artificial da mente humana. Em um ano cuja indústria do cinema mostrou-se nostálgica com sua própria história, foi o português Miguel Gomes quem apresentou o filme que melhor soube lidar com essa relação. Através de um híbrido entre fábula e memória, sonho e narração, um truque fundamental nos desloca poeticamente do presente para um tempo perdido na história, seja dos personagens que filma, do contexto em que vivem (a Europa contemporânea, a África colonizada) ou do próprio cinema. A linguagem dos filmes mudos se projeta na narrativa através de fluxos de memória, numa experiência que contempla o que há de mais belo e trágico no olhar para o passado, devolvendo ao espectador o que nele existe de mais essencial: o esplendor de sensações carinhosamente preservadas, e que na memória e no cinema podem viver para sempre.
Olá Daniel,
Sou leitor do Assim Está Escrito e sou cinéfilo de carteirinha. Eu estou mandando esse email porque estou trabalhando numa empresa que desenvolveu um portal sobre cinema – o Cinema Total (www.cinematotal.com). Um dos atrativos do site é que você cria uma página dentro do site, podendo escrever textos de blog e críticas de filmes. Então, gostaria de sugerir que você também passasse a publicar seus textos no Cinema Total – assim você também atinge o público que acessa o Cinema Total e não conhece o Assim Está Escrito.
Se você gostar do site, também peço que coloque um link para ele no Assim Está Escrito.
Se você quiser, me mande um email quando criar sua conta que eu verifico se está tudo ok.
Um abraço,
Marcos
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